21.4.09

Cemecei o dia como tantos outros, no trânsito a ler um dos jornais de distribuição gratuita. O horóscopo dizia: "Por vezes sentimos que existem coisas que não são para serem partilhadas, já que vêem do ponto mais recôndido do nosso ser; é nessas alturas que devemos pegar num papel e numa caneta e escrever, escrever... e escrever ainda mais."

Pouco de uma hora depois recebo a notícia da morte repentina da esposa de um colega...

Há coisas que nos fazem pensar que o amanhã pode já não existir. E pensar que por vezes fazemos planos, jogos, programamos o futuro... e no fundo, nada mais fazemos do que adiar o presente! Deixamos de estar junto das pessoas que realmente gostamos, deixamos de dizer o que verdadeiramente sentimos, deixamos de viver o que realmente sonhamos, deixamos de..., deixamos de...

Agora escrevo para neutralizar os impulsos, dividida entre a prudência e a lição do momento, ainda que sem vergonha da exposição, sem medo da vulnerabilidade. Dizer o que ou em quem penso, o que ou por quem sinto. O que sonho. O que sou. Mudaria alguma coisa? Nada! Mas não teria deixado de...

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