21.11.10

Do we?

Vou contar-vos um segredo... Uma das melhores formas para começar o meu dia é tomar o pequeno almoço "com tranquilidade", sentada no chão da sala em frente à televisão! A ementa perfeita? Panquecas bem regadas com syrup e canela e sumo de fruta natural. Mas onde está o segredo? Passar a manhã a consumir desenhos animados e séries para adolescentes! Cada maluco com a sua pancada...

Contudo, se estou melancólica, saudosista ou apenas entedeada, e em jeito de terapia, vou ao fundo do baú e resgato à sorte um episódio do Sex and the City. Confesso que este ritual já me poupou muitas horas (e euros) num psicólogo. Por cerca de meia hora visto a pele de Carrie e espero pela mensagem que deixa para o meu dia.

Pois bem, a de hoje partilho agora convosco:
"In a relationship, the victims have to decide their own fate. How can 2 people mired in the mess ever figure it out? Do we need distance to get close?" in Episode 80: Hop, Skip And A Week - Carrie's Diary: "Do we need distance to get close?"

Talvez, se pensarmos que "só damos valor às coisas, quando já não as temos", que "só sentimos a falta do que já não está". Pensando bem, talvez não se consiga responder à pergunta. Ou talvez não tenha de a reponder, mas sim, esperar que o destino dê a resposta...

16.11.10

Damaia na primeira página...


"Fome: Há alunos que vão de estômago vazio para as aulas


Escolas apoiam pobres
Professores e funcionários ajudam a recolher alimentos para distribuir na escola

Por:Bernardo Esteves


As escolas estão a detectar cada vez mais casos de novos pobres. Trata-se de alunos da classe média--baixa sem direito à Acção Social Escolar (ASE) porque os rendimentos familiares estão acima dos valores mínimos necessários (basta ganhar 649 euros para ficar de fora), mas que ainda assim revelam grandes carências.
Na EB 2,3 Pedro D’Orey Cunha, na Damaia (Amadora), junto aos bairros Cova da Moura e 6 de Maio, são estes os casos que mais preocupam. "Temos vindo a detectar sinais preocupantes, como o facto de 17 alunos que não estão integrados nos escalões da ASE não terem ainda livros escolares, dois meses após o início das aulas. É uma situação nova", diz ao CM António Gamboa.
O director do agrupamento acrescenta que "nos miúdos dos bairros a pobreza é visível, mas estes novos pobres envergonhados nem sequer pedem ajuda". A escola tem mais de 500 alunos. "O número de 17 pode parecer reduzido, mas é quase 5% dos alunos da escola. São 17 famílias que podem estar em dificuldades. Estamos a mobilizar-nos e vamos lançar uma bolsa de empréstimo de livros."
A prioridade passa pelos novos pobres. "A crise ainda não atingiu as crianças dos bairros carenciados. Há muitas instituições a trabalhar nos bairros, por vezes até desperdiçando recursos e promovendo a pedinchice profissional. E a solidariedade entre moradores é maior do que na malha urbana". Ainda assim, Maria João Teotónio, responsável pela ASE na escola, afirma que há casos de fome: "Por vezes, fornecemos o pequeno--almoço." A dirigente revela que 60% dos alunos são apoiados pela ASE. E aponta outro sinal da crise: "Desde Setembro, 13 famílias pediram a reavaliação do escalão, pois os rendimentos diminuíram".
in Correio da Manhã, 15 da Novembro de 2010
O nosso projecto "Banco de Partilha" ainda é isso mesmo, um projecto... de um grupo de professores e funcionários. Começa agora a criar corpo. Da comida, a iniciativa estende-se já a livros, roupa e brinquedos. Eu, como outros, contribuo para o fazer andar. Trabalho, ideias, bens e iniciativa.

5.11.10

Não querendo ser chata...

...mas voltei a ver uma estrela cadente!
Voltei a fechar os olhos e a pedir um desejo!
Voltei a acreditar nele!