19.10.10

Foi sem dúvida um privilégio ouvi-lo...

Assisti hoje a uma conferência subordinada ao tema "Escola". Mais do que falar de ensino, de educação ou de escolas e alunos ideais, falou-se de sociedade, direitos, arte, sonho, utopia e felicidade.
Devo confessar que raras foram as vezes que em situações semelhantes fiquei presa ao discurso, sorvendo cada palavra emitida pelo orador. Duas horas passaram e mais duas eu estaria ali sentada a ouvir aquele "Senhor" com S maiúsculo.
Muito além da maior ou menor relevância do tema, ou do maior ou menor interesse e sensibilidade que por este assunto o "ouvinte" pode manifestar, a qualquer um cativaria se o ouvisse. Não pelo tema em si, mas pelo orador. Pelo seu sentido de humor, pelos brilhantes jogos de palavras com sentido, pela forma inteligente do que e como o diz.
Da mensagem passada, seguem algumas ideias que partilho e subscrevo:
"Devem-se formar crianças (e a sociedade em geral) para os direitos e não para os deveres. Ou seja, dever-se-iam valorizar os direitos em detrimento dos deveres, já que os primeiros integram os últimos. Os meus deveres servem para garantir os direitos dos outros, e não para nos limitar a liberdade."
Sobre a Arte, defende que deve a escola integrá-la não apenas enquanto meio de expressão, mas primeiro que tudo, para que possamos aprender a respeitar a grandiozidade da sua existência. "A Arte é um caminho terreno para a transcendência do Homem." Assim, apenas poderemos reduzir a arte a uma questão de gosto depois de sobre ela termos um conhecimento crítico. Apenas poderemos dizer "não gosto" se soubermos apreciar criticamente a sua qualidade.
Apresenta ainda o conceito de utopia como um conceito inexistente. "UTOPIA é a falta de coragem de admitir que desistimos cedo demais". Se não apearmos demaiado cedo e continuarmos até ao fim do percurso, nada é utópico!"
Falou-nos por fim da capacidade de sonhar. A criança chega à escola com sonhos e não é função da mesma cortar os sonhos com a realidade. É sim, ensinar a cultivá-los e a alimentar essa capacidade. "O grave na vida não é não realizar os sonhos. O grave na vida é não ter sonhos para realizar".
E porque nos cabe a nós, enquanto agentes de ensino, formar para conduzir à construção de uma vida feliz, concluiu que "Os grandes momentos de felicidade não contemos, temos a necessidade de os partilhar com os outros, para que os sintamos na realidade!".
E é assim que também eu termino por hoje, a partilhar convosco. Mais do que motivada, saí renovada!
Clap-clap-clap! Três palminhas ao Sr. Prof. Dr. Brilhante Laborinho Lúcio!
Obrigada pelo seu contributo...e por passadas apenas 2 horas, ter-me feito sair mais feliz!

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