um blog escrito no feminino... a amiga, a mulher, a filha, a profissional ou simplesmente...TÉ!
26.11.10
21.11.10
Do we?

Contudo, se estou melancólica, saudosista ou apenas entedeada, e em jeito de terapia, vou ao fundo do baú e resgato à sorte um episódio do Sex and the City. Confesso que este ritual já me poupou muitas horas (e euros) num psicólogo. Por cerca de meia hora visto a pele de Carrie e espero pela mensagem que deixa para o meu dia.
Pois bem, a de hoje partilho agora convosco:
"In a relationship, the victims have to decide their own fate. How can 2 people mired in the mess ever figure it out? Do we need distance to get close?" in Episode 80: Hop, Skip And A Week - Carrie's Diary: "Do we need distance to get close?"
Talvez, se pensarmos que "só damos valor às coisas, quando já não as temos", que "só sentimos a falta do que já não está". Pensando bem, talvez não se consiga responder à pergunta. Ou talvez não tenha de a reponder, mas sim, esperar que o destino dê a resposta...
16.11.10
Damaia na primeira página...

"Fome: Há alunos que vão de estômago vazio para as aulas
Escolas apoiam pobres
Professores e funcionários ajudam a recolher alimentos para distribuir na escola
Por:Bernardo Esteves
As escolas estão a detectar cada vez mais casos de novos pobres. Trata-se de alunos da classe média--baixa sem direito à Acção Social Escolar (ASE) porque os rendimentos familiares estão acima dos valores mínimos necessários (basta ganhar 649 euros para ficar de fora), mas que ainda assim revelam grandes carências.
Na EB 2,3 Pedro D’Orey Cunha, na Damaia (Amadora), junto aos bairros Cova da Moura e 6 de Maio, são estes os casos que mais preocupam. "Temos vindo a detectar sinais preocupantes, como o facto de 17 alunos que não estão integrados nos escalões da ASE não terem ainda livros escolares, dois meses após o início das aulas. É uma situação nova", diz ao CM António Gamboa.
O director do agrupamento acrescenta que "nos miúdos dos bairros a pobreza é visível, mas estes novos pobres envergonhados nem sequer pedem ajuda". A escola tem mais de 500 alunos. "O número de 17 pode parecer reduzido, mas é quase 5% dos alunos da escola. São 17 famílias que podem estar em dificuldades. Estamos a mobilizar-nos e vamos lançar uma bolsa de empréstimo de livros."
A prioridade passa pelos novos pobres. "A crise ainda não atingiu as crianças dos bairros carenciados. Há muitas instituições a trabalhar nos bairros, por vezes até desperdiçando recursos e promovendo a pedinchice profissional. E a solidariedade entre moradores é maior do que na malha urbana". Ainda assim, Maria João Teotónio, responsável pela ASE na escola, afirma que há casos de fome: "Por vezes, fornecemos o pequeno--almoço." A dirigente revela que 60% dos alunos são apoiados pela ASE. E aponta outro sinal da crise: "Desde Setembro, 13 famílias pediram a reavaliação do escalão, pois os rendimentos diminuíram".
in Correio da Manhã, 15 da Novembro de 2010
O nosso projecto "Banco de Partilha" ainda é isso mesmo, um projecto... de um grupo de professores e funcionários. Começa agora a criar corpo. Da comida, a iniciativa estende-se já a livros, roupa e brinquedos. Eu, como outros, contribuo para o fazer andar. Trabalho, ideias, bens e iniciativa.
5.11.10
Não querendo ser chata...
31.10.10
20.10.10
19.10.10
Foi sem dúvida um privilégio ouvi-lo...
Assisti hoje a uma conferência subordinada ao tema "Escola". Mais do que falar de ensino, de educação ou de escolas e alunos ideais, falou-se de sociedade, direitos, arte, sonho, utopia e felicidade.
Devo confessar que raras foram as vezes que em situações semelhantes fiquei presa ao discurso, sorvendo cada palavra emitida pelo orador. Duas horas passaram e mais duas eu estaria ali sentada a ouvir aquele "Senhor" com S maiúsculo.
Muito além da maior ou menor relevância do tema, ou do maior ou menor interesse e sensibilidade que por este assunto o "ouvinte" pode manifestar, a qualquer um cativaria se o ouvisse. Não pelo tema em si, mas pelo orador. Pelo seu sentido de humor, pelos brilhantes jogos de palavras com sentido, pela forma inteligente do que e como o diz.
Da mensagem passada, seguem algumas ideias que partilho e subscrevo:
"Devem-se formar crianças (e a sociedade em geral) para os direitos e não para os deveres. Ou seja, dever-se-iam valorizar os direitos em detrimento dos deveres, já que os primeiros integram os últimos. Os meus deveres servem para garantir os direitos dos outros, e não para nos limitar a liberdade."
Sobre a Arte, defende que deve a escola integrá-la não apenas enquanto meio de expressão, mas primeiro que tudo, para que possamos aprender a respeitar a grandiozidade da sua existência. "A Arte é um caminho terreno para a transcendência do Homem." Assim, apenas poderemos reduzir a arte a uma questão de gosto depois de sobre ela termos um conhecimento crítico. Apenas poderemos dizer "não gosto" se soubermos apreciar criticamente a sua qualidade.
Apresenta ainda o conceito de utopia como um conceito inexistente. "UTOPIA é a falta de coragem de admitir que desistimos cedo demais". Se não apearmos demaiado cedo e continuarmos até ao fim do percurso, nada é utópico!"
Falou-nos por fim da capacidade de sonhar. A criança chega à escola com sonhos e não é função da mesma cortar os sonhos com a realidade. É sim, ensinar a cultivá-los e a alimentar essa capacidade. "O grave na vida não é não realizar os sonhos. O grave na vida é não ter sonhos para realizar".
E porque nos cabe a nós, enquanto agentes de ensino, formar para conduzir à construção de uma vida feliz, concluiu que "Os grandes momentos de felicidade não contemos, temos a necessidade de os partilhar com os outros, para que os sintamos na realidade!".
E é assim que também eu termino por hoje, a partilhar convosco. Mais do que motivada, saí renovada!
Clap-clap-clap! Três palminhas ao Sr. Prof. Dr. Brilhante Laborinho Lúcio!
Obrigada pelo seu contributo...e por passadas apenas 2 horas, ter-me feito sair mais feliz!
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