
Achei que devia partilhá-lo pela pertinência (e pelo sentido que faz neste momento da minha vida):
“As relações afectivas sofreram profundas transformações (...). Actualmente pretende-se uma relação compatível com a exigência dos novos tempos, na qual exista respeito, alegria e prazer na companhia do outro (...) e não uma relação de dependência, tanto económica como afectiva. Uma mulher deste século não coloca nas mãos do parceiro a responsabilidade da construção da sua felicidade (...) O amor-dependente deu lugar ao amor-desejo, base de uma relação bastante saudável e equilibrada. Gostar e desejar a companhia, é muito distinto de necessitar dessa companhia e sentir-se incompleta se não a tiver. (...) O outro existe para caminhar a nosso lado, como companheiro de vida, não como salvador. (...) Quanto mais preenchidos nos sentirmos na solidão, mais preparados estamos para viver uma boa relação afectiva. Estar sozinho, (...) faz parte do processo de crescimento emocional. (...) Só na solidão é que podemos perceber que a paz de espírito e o equilíbrio se encontram dentro de nós, não nos outros.”
Teresa Paula Marques
Acredito que haja muita gente por aí que devia fazer um esforço para aprender a estar sozinho! Para se conhecer e crescer, sem se render à fraqueza de ter alguém a seu lado que apenas preencha um espaço, que existe para enganar a solidão.
Eu... embora sozinha, não me sinto só! Porque me conheço, porque gosto da minha companhia e não tenho medo de estar sozinha! Sou incapaz de estar com alguém apenas para... ter companhia. SIM...EU SEI ESTAR SOZINHA!
E talvez por isso saiba exactamente o que ambiciono numa relação. Não procuro alguém que me ajude nas tarefas que só a mim me competem, nem alguém que “cuide” de mim!
Sim, sou independente e sei cuidar de mim! Quero apenas alguém que goste e queira estar comigo, que me dê carinho e afecto, que me trate bem...que me MIME! Alguém que venha colorir a minha vida!
Ao ler este artigo apercebi-me que também eu sou uma mulher deste século à procura deste novo conceito de amor e de relação, embora isso em nada contrarie a forma como me defino: uma sonhadora incorrigível, uma “menina-mulher romântica que continua à espera d’AQUELA PESSOA”.........